Uma série de eventos tem despertado um curioso fenômeno na Câmara de Santa Rita.
Estranhamente diversos casos ocorridos na Casa têm levado a crer haver em andamento um processo de exposição dos vereadores que se contrapõem ao prefeito Emerson Panta como forma de, entre outras coisas, tirar do foco os vereadores da situação, não obstantes serem, à exceção de Peixoto, os mesmos que foram manchete nacional no mês passado.
O plano parece mais uma forma de retirar do ideário popular as imagens da Operação Natal Luz, deflagrada pelo Gaeco e pela Polícia Civil em novembro, que prendeu 11 vereadores e o contador do parlamento canavieiro, ou seja, praticamente toda bancada de sustentação de Panta na câmara e que ganhou ampla repercussão nacional.
Recentemente, o ruidoso caso da doação de um terreno a uma igreja evangélica buscou a todo custo mostrar os vereadores de oposição ao prefeito como os grandes vilões da cidade, quando não é esta a verdade.
Vários áudios de auto-intitulados pastores trazem, inclusive, mensagens de ódio contra esses parlamentares, onde são taxados de “inimigos da igreja”, o que, além de muito longe disso, vai totalmente contra a mensagem de paz e amor deixada por Cristo. Uma total e completa contradição desses mensageiros.
Relatos dão conta de uma sessão tumultuada na última quinta, onde ocorrera séria discussão entre um dos interessados no tal terreno e o vereador Sebastião do Sindicato quando o mesmo teria ameaçado o parlamentar afirmando, inclusive, pertencer a uma facção criminosa, motivo pelo qual o vereador Josa de Nezinho precisou intervir no entrevero.
Depois disso, rapidamente a claque do prefeito, paga com o dinheiro do erário santarritense, cuidou em disseminar calúnias contas os vereadores de oposição, deixando seus rastros por onde passaram e ainda passam.
O grande problema é que agora Panta quer resolver problemas de três anos de atraso de uma gestão que mostra completa incompetência no apagar das luzes de 2019 e a toque de caixa, tendo como escudo os vereadores da sua base, que dão sustentação às manobras que têm sido realizadas na Casa Prefeito Antônio Teixeira pelo prefeito. A doação de terrenos às igrejas nunca foi uma política da gestão Panta, mas, às portas da campanha eleitoral, o prefeito resolveu fazer “bondade” com o chapéu do município.
Outro caso ocorrido na Câmara de Santa Rita recentemente foi a aprovação do remanejamento de verbas no orçamento, aprovado no último dia 20, que retroage em praticamente um ano em seus efeitos para encobrir gastos do prefeito durante o ano. O caso está sendo levado ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público e deve render mais algumas denúncias contra o alcaide.
O que fica claro é que está sendo posto em prática um suposto plano de demonização daqueles que se opõem ao Dr. Panta, tirando do foco, dentre outras coisas, as denúncias formuladas pelo Gaeco que constam em quase R$ 600 mil de gastos com viagens e cursos durante todo o ano e que prendeu mais da metade dos vereadores de Santa Rita, que até pensam estar esquecidos, mas que não saem da cabeça do povo santarritense, que só esperam a eleição do ano que vem.
Germano Costa,
para o News Paraíba
