O evento aconteceu em alusão ao Dia Nacional da Adoção,
celebrado anualmente em todo o país no dia 25 de maio
A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na manhã
desta sexta-feira (26), uma audiência
pública que debateu o processo de adoção na Capital. O evento
aconteceu em alusão ao Dia Nacional da Adoção, que é celebrado anualmente em
todo o país em 25 de Maio. A discussão, proposta pela vereadora Eliza Virgínia
(PSDB), contou com a presença d e vários representantes da sociedade civil
organizada e especialistas da área de adoção. O vereador Damásio Franca (PP)
secretariou os trabalhos.
“Estamos em uma audiência abençoadora, vamos quebrar
barreiras e dirimir dúvidas para desmistificar o processo de adoção. É um
processo burocrático e lento, mas necessário. Da mesma forma que a gestação
leva nove meses com o processo de pré-natal, na adoção também tem um processo,
só que diferente”, comentou a vereadora.
Eliza Virgínia anunciou que vai participar, no próximo
domingo (28), da I Marcha pela Vida de João Pessoa, que partirá da avenida Ministro
José Américo (a Beira Rio) com destino ao Busto de Tamandaré. Ela, então,
lançou uma campanha com o seguinte lema: “Não aborte! Doe para adoção”. “Hoje
existe a possibilidade de doar o filho em adoção legal para uma família que lhe
dará amor e carinho. Ao invés de abortar, doe seu filho porque tudo tem um
propósito. Não mate uma vida”, defendeu.
O coordenador da Comissão da Infância e da Juventude
(Coinju) do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), juiz Adhailton Lacet, falou
que a audiência era uma oportunidade de sensibilizar a sociedade sobre o
processo de adoção. “Essa é uma temática tão bonita, a menina dos olhos da
Vara da Família do TJPB. O Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA) estabelece
que se tente integra a criança a família biológica mas a justiça pensa em
facilitar a adoção”, esclareceu.
Representando a Comissão Estadual Judiciária de Adoção
(Ceja), a psicóloga Ana Cananéa, disse que a Ceja está em todo o Estado à
disposição para novas parcerias. Já a representante do Grupo de Estudos e Apoio
à Adoção de João Pessoa (GEAD-JP), Lenilde Cordeiro, enfatizou a importância da
discussão da temática para dar visibilidade ao processo de adoção para
sociedade pessoense. Ela sugeriu a criação do Centro de Referência para Adoção
(CRA) com a finalidade de realizar um trabalho de conscientização e preparação
dos pretendentes a pais adotivos.
A coordenadora do Setor de Adoção da 1ª Vara de Infância e
Juventude da Capital, Goreti Dantas, falou sobre Projeto Acolher, que tem como
finalidade acolher de forma humanizada mães que pretendem doar seu filho. De
acordo com a coordenadora, o processo começa quando a genitora decide pela
adoção. Ao tomar conhecimento destes casos, a maternidade aciona a unidade
judiciária, que envia uma equipe multidisciplinar (assistentes sociais,
psicólogos e enfermeiras) ao local para oferecer a assistência necessária à
mãe. “O nosso projeto ajuda a desmistificar a ideia negativa sobre a
genitora que resolve doar seu filho, além de garantir que a criança estará em
um local seguro”, completou Goreti.
