Na manhã desta sexta-feira (14) nos estúdios da Rádio 98FM,
em João Pessoa, direção do Sinfesa e o prefeito Emerson Panta se encontraram e
a representação sindical fez questionamentos ao gestor santarritense sobre
pontos importantes, que dizem respeito às categorias do serviço público
municipal.
Após festejar como grande feito de sua gestão, paralisada
até aqui, o uso do resíduo do Fundef para o pagamento de salários atrasados da
Educação e de aposentados e pensionistas do município, Panta foi indagado a
respeito do valor real da dívida, paga no final da tarde de ontem.
“Gostaria de fazer duas perguntas, consideradas importantes:
quanto entrou dessa verba do Fundef e quanto era a dívida da Educação? E com
relação ao sistema de monitoramento, nós temos os vigias que trabalham à noite,
se vocês vão mexer nesses horários desses trabalhadores. Já é uma preocupação
muito grande porque essas pessoas têm sua vida arrumada, complementam a renda
em outros trabalhos, então queremos saber porque essas pessoas estão muito
preocupadas”.
Cada vez mais treinado para não responder ao que não o
interessa, Panta chegou com um discurso preparado para desviar o foco daquilo
que o incomoda e simplesmente não respondeu a nenhum dos questionamentos
propostos por Leda.
O prefeito divagou sobre temas secundários, usou o, como sempre,
escudo predileto (a antiga gestão) para desviar a atenção e não tocou em pontos
nevrálgicos de sua administração: a dívida flutuante com o servidor, que varia
a todo momento e nunca se chega a um valor correto e a questão da vigilância,
bomba-relógio prestes a explodir nas mãos dos servidores do departamento.
OUÇA:
Ou seja, Panta deu a volta no mundo e não respondeu às perguntas.
Depois de não responder aos dois temas importantes, Panta se retirou do estúdio, deixando a comissão do Sinfesa, representado por Marileide e Mércia Helena, prestando esclarecimentos ao apresentador Samuka Duarte.
Na conversa Leda enalteceu a importância do servidor no
contexto social e econômico do município e alertou Panta para o que chamou de “orientação
errônea” que o prefeito vem recebendo quanto à sua forma de se relacionar com o
servidor.
“Somos nós que estamos nas escolas, nas creches, nos PSF’s, movimentamos
o comércio local. Nos feriados em que os servidores não estão nos seus locais
de trabalho, a cidade fica deserta. Gostaria de alertar ao prefeito que algumas
pessoas estão o orientando de forma errônea. Que olhasse mais para nós”, disse.
Leda também fez questão de esclarecer que o pagamento dos
salários atrasados foi muito importante para aqueles que estavam há tanto tempo
com o seu direito básico cerceado, mas que a pauta das categorias
santarritenses vai além e existem outras reivindicações.
“Não é só a questão dos salários, temos uma série de reivindicações,
de cosias que precisamos fazer no tratar com o servidor”.
Em sua participação, Mércia Helena, representante da Saúde
na direção do sindicato, que também não teve seu questionamento acerca da
previsão de quitação dos salários da categoria, que ficou de fora dos últimos
pagamentos, respondido por Panta, chamou atenção para a importância do serviço
prestado à população e quanto esse trabalho tem sido negligenciado, inclusive,
por uma gestão comandada por um médico.
Leda finaliza reafirmando a seriedade do trabalho
desenvolvido pelo sindicato e a luta travada pelas categorias do serviço
público municipal santarritense contra os retrocessos promovidos pela atual gestão.
“Então, eu quero dizer que este é um sindicato sério, um
sindicato de todas as categorias e que estamos firmes na luta intransigente
pelos direitos do servidor público de Santa Rita”, ressaltou.