
Missão de fé: Tucanos de São Paulo preparam uma extensa agenda com evangélicos para o governador Geraldo Alckmin. Os articuladores atuam para que, logo no início deste ano, o presidenciável do PSDB receba cerca de 80 líderes de igrejas pentecostais e neopentecostais em um jantar na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes. Segundo a Coluna Painel, da Folha, um dos principais objetivos dos aliados do paulista é minar a influência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ)–já identificada pela sigla– nesse nicho do eleitorado.
Tête-à-tête: Alckmin tem mantido encontros frequentes com evangélicos. O pastor Eri Alencar, da Assembleia de Deus Paulistana, e o apóstolo César Augusto, da Fonte da Vida, estiveram com o governador. A ideia é que o tucano também vá a um culto de Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Pregação: Os evangélicos tucanos defendem que, nas agendas de campanha pelo país, Alckmin inclua as igrejas em seus roteiros.
Oráculo: Ainda que tenha feito deferências ao governador, FHC jogou luz em um fato ao cogitar o apoio do PSDB a um nome de fora do partido na eleição presidencial deste ano: a candidatura do paulista ainda é vista como frágil por setores importantes da política e do empresariado.
Quem ganha: Mesmo que de forma involuntária, a fala de FHC ao “Estado de S. Paulo” deu força a integrantes do DEM que tentam viabilizar a candidatura de Rodrigo Maia (RJ) e também a partidários de Henrique Meirelles (PSD) e até de João Doria (PSDB).
Me dê motivo: Maia e Meirelles querem capitanear o centro. Doria é visto por alguns aliados dos tucanos como um candidato mais competitivo do que Alckmin.