Ex-ministro do STF obteve o aval para se filiar ao PSB, mas não terá garantia de que será candidato a presidente pela sigla
Joaquim Barbosa obteve o aval para se filiar ao PSB, mas o caminho até se saber se será candidato ainda é longo e sinuoso. Segundo o Estadão, ele deve assinar a ficha bem próximo ao prazo final de filiação, em 7 de abril. Mas não terá garantia de que será candidato a presidente pela sigla. A conversa mais definitiva foi com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que foi explícito quanto às dificuldades de compatibilizar palanques regionais.
Ao analisar as chances de Barbosa, mal chegando, já sentar na janelinha da candidatura presidencial, um veterano lembra que até Eduardo Campos, que era herdeiro da capitania hereditária de Miguel Arraes e duas vezes governador de Pernambuco, enfrentou resistências regionais. Ele precisa, antes de tudo, se filiar, para que a conversa sobre a candidatura possa prosperar. Ainda assim, os mais céticos lembram que talvez seja uma filiação “tardia demais”.
Mas alguns fatores ajudaram a quebrar um pouco a oposição interna ao ex-presidente do STF. O principal foram pesquisas encomendadas por pessebistas e também por potenciais adversários mostrando o potencial de crescimento eleitoral de Barbosa. Numa delas, no cenário sem Lula, o ex-ministro fica na faixa de 20%.
De qualquer maneira, se avançar, a postulação de Barbosa deve conviver com uma liberalidade para mais de um palanque em vários Estados, entre eles São Paulo. França não vai abrir mão de associar sua própria candidatura ao governo à do tucano Geraldo Alckmin. O mesmo deve valer para Pernambuco, onde a aliança de Paulo Câmara à reeleição pode se dar com o PT.