Processo que investiga corrupção em Cabedelo tem ao menos sete pontos de atuações suspeitas na prefeitura e na Câmara
A operação Xeque-Mate, desencadeada pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado, tem revelado fatos surpreendentes. A surpresa é maior, principalmente, quando se apresentam os indícios para o que seria uma verdadeira fábrica de desvio de recursos públicos em Cabedelo. Os alvos são a Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal. Para se ter uma ideia, Câmaras de vigilância instaladas pela Polícia Federal em pontos estratégicos, mostraram movimentações atípicas na casa do prefeito afastado Leto Viana (PRP) e na sede do partido dele justamente nos dias de pagamento. Havia toda uma sistemática. Os servidores receberiam o dinheiro no banco e se dirigiam com o que se supõe maços de dinheiro para serem entregues.
A denúncia protocolada no Tribunal de Justiça da Paraíba (veja cópia do processo) mostra a existência de um verdadeiro esquema de administração de servidores fantasmas. Parte destes recursos, segundo a colaboração premiada do ex-presidente da municipal, Lucas Santino, eram destinados aos suspeitos por servidores que nunca compareciam ao trabalho. O monitoramento da Polícia Federal mostrou que vários deles tinham outras atividades. Alguns trabalhavam em outros locais, outros estudavam. Há indícios fortes de que o dinheiro pago ia parar nas mãos dos integrantes da suposta organização criminosa. A casa de Leto e a sede do PRP, em dias de pagamento, registravam grande movimentação de servidores.
A representação apresentada pelo Ministério Público da Paraíba no Tribunal de Justiça começa com o que viria a ser o start do esquema: a suposta compra do mandato do prefeito eleito em 2012, Luceninha. O esquema criminoso investigado incluiria ainda a manutenção de cargos-fantasmas, operação tapa-buraco, negociações envolvendo vereadores, doação de terrenos, relação com empresas construtoras, construção de shopping, laranjas usados para ocultar imóveis, tentativa de homicídio contra vereador e irregularidades na Câmara Municipal. No ponto inicial, a denúncia apresenta o empresário Roberto Santiago como responsável pelo pagamento de parte dos quase R$ 5 milhões que teriam sido usados para comprar o mandato de Luceninha para beneficiar o vice, Leto Viana. O empresário nega as acusações.
De acordo com o Blog do Suetoni, o monitoramento do patrimônio de Leto Viana, usando apenas os dados declarados, já mostra uma grande elevação patrimonial. “Uma comparação feita com o período anterior ao exercício do cargo de Prefeito, levando em consideração a declaração de bens apresentada ao TRE/PB quando ainda era vereador (2008 e 2016), revela um impressionante acréscimo patrimonial de 1475% (mil quatrocentos e setenta e cinco por cento) entre a candidatura de vereador em 2008 e a declaração apresentada em 2016, conforme revelam os bens imóveis objeto da Informação de Polícia Judiciária nº 96/2017.”, diz o processo. Isso sem contabilizar os imóveis que foram supostamente ocultados pelo gestor.
Durante o inquérito policial, foram identificadas práticas ilícitas como manutenção de cargos fantasmas, doação de terrenos, utilização de pessoas para ocultação patrimonial, controle do Legislativo municipal por parte do prefeito, através do empréstimo de dinheiro para campanhas políticas, condicionado à assinatura de “cartas renúncia”, entre outras acusações. Ao todo, foram presas 11 pessoas. Confira a lista e o destino delas.
Destino dos presos na operação Xeque-Mate:
1. Wellington Viana França (prefeito) – Foi para o 5° Batalhão
2. Jacqueline Monteiro França (vereadora e primeira-dama) – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
3. Lúcio José do Nascimento Araújo (vereador) – Foi para o 5° Batalhão da PM
4. Tércio de Figueiredo Dornelas Filho (vereador) – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
5. Rosildo Pereira de Araújo Júnior – Júnior Datele (vereador) Foi para o 5° Batalhão da PM
6. Antônio Bezerra do Vale Filho (vereador) Foi para o 5° Batalhão da PM
7. Marcos Antônio Silva dos Santos – foi para o Róger
8. Inaldo Figueiredo da Silva – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
9. Leila Maria Viana do Amaral – Foi para o 5° Batalhão da PM
10. Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho – Foi para o Róger
11. Adeilson Bezerra Duarte – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
Durante o inquérito policial, foram identificadas práticas ilícitas como manutenção de cargos fantasmas, doação de terrenos, utilização de pessoas para ocultação patrimonial, controle do Legislativo municipal por parte do prefeito, através do empréstimo de dinheiro para campanhas políticas, condicionado à assinatura de “cartas renúncia”, entre outras acusações. Ao todo, foram presas 11 pessoas. Confira a lista e o destino delas.
Destino dos presos na operação Xeque-Mate:
1. Wellington Viana França (prefeito) – Foi para o 5° Batalhão
2. Jacqueline Monteiro França (vereadora e primeira-dama) – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
3. Lúcio José do Nascimento Araújo (vereador) – Foi para o 5° Batalhão da PM
4. Tércio de Figueiredo Dornelas Filho (vereador) – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
5. Rosildo Pereira de Araújo Júnior – Júnior Datele (vereador) Foi para o 5° Batalhão da PM
6. Antônio Bezerra do Vale Filho (vereador) Foi para o 5° Batalhão da PM
7. Marcos Antônio Silva dos Santos – foi para o Róger
8. Inaldo Figueiredo da Silva – 6ª Companhia da PM de Cabedelo
9. Leila Maria Viana do Amaral – Foi para o 5° Batalhão da PM
10. Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho – Foi para o Róger
11. Adeilson Bezerra Duarte – 6ª Companhia da PM de Cabedelo