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Caso Vitória: mandante queria que fosse "apenas um susto"

quinta-feira, 5 de julho de 2018

/ por News Paraíba

A vítima original deveria apenas tomar um susto em uma ação de cobrança de dívida do tráfico de drogas. Vitória teria morrido por engano

A menina que seria o alvo da ação de traficantes em uma cobrança de dívida deveria "apenas tomar um susto". Isso é o que revelou à Polícia Civil uma das testemunhas do caso da menina Vitória, que acabou sendo confundida e assassinada na cidade de Araçariguama (SP).

Segundo depoimento desta testemunha ao DHPP (Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa), o mandante seria um traficante que contratou o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes para "dar um susto" na irmã de um homem que tinha uma dívida de R$ 7.000 em drogas.

De acordo com o depoimento, além de Vitória ter sido morta por engano, o casal também não teria a ordem de matar o verdadeiro alvo da cobrança.
 
De acordo com o R7, a menina que seria alvo da ação teria muita semelhança com Vitória. O mandante já teria sido identificado pela Polícia Civil e existe a suspeita de que ele já esteja cumprindo pena em uma penitenciária. A ordem de cobrança teria saído de dentro do presídio.

O resultado das investigações deve ser apresentado ao MP (Ministério Público) nesta sexta-feira (6). Três pessoas já estão presas suspeitas de participarem do crime, entre elas o pedreiro Júlio César Lima Ergesse e o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes.

Vitória desapareceu no último dia 8 de junho, depois de sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, interior de São Paulo. O corpo foi encontrado oito dias depois, em uma mata, à margem da astrada de Aparecidinha, no bairro do Caxambu. A polícia ainda investiga as motivações para o crime.

Outro lado

O casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes foi questionado pela RecordTV sobre a participação no crime e alegou que não possui nenhum envolvimento e diz ser inocente no caso. O advogado do casal, Jairo Coneglian, reconheceu que os dois seriam usuários de drogas, mas nega qualquer envolvimento na morte de Vitória.

Já a defesa do pedreiro Júlio César Lima Ergesse não foi localizada.
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