Um procurador da Fazenda Nacional foi preso em flagrante pela Polícia Federal nesta quinta-feira (3) sob suspeita de tentar matar uma juíza na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, na avenida Paulista, em São Paulo.
Segundo a Folha de S.Paulo, ele foi detido no local e levado para a sede da PF, na zona oeste.
O episódio provocou reação de associações que representam juízes e que disseram ser "crônica" a falta de segurança dos magistrados.
A classe jurídica já vinha em choque desde a semana passada, depois de declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter entrado armado no STF (Supremo Tribunal Federal) em 2017 porque pretendia matar Gilmar Mendes, ministro da corte.
O ataque da tarde desta quinta no TRF-3 foi revelado pelo site Conjur (Consultor Jurídico).
Segundo a publicação, a juíza Louise Filgueiras teve seu gabinete invadido pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção, que teria acertado uma facada no pescoço da juíza. O ferimento, porém, foi leve.
Procurada, a assessoria do tribunal informou apenas que a juíza vítima do episódio passava bem.
A PF disse que os detalhes do caso ainda estavam sendo apurados, mas confirmou que ele foi preso em flagrante sob suspeita de tentativa de homicídio. A defesa do procurador não foi localizada pela Folha.
Por meio de nota, a AGU (Advocacia-Geral da União) disse que, em relação à prisão do procurador ligado à instituição, determinou a "imediata abertura de sindicância investigativa".
Ela disse lamentar esse episódio, registrar "irrestrita solidariedade à magistrada" e repudiar "todo e qualquer ato de violência".
O Conjur diz que Louise havia sido convocada para substituir um juiz do TRF-3 de férias.
O TRF da 3ª Região é a corte federal responsável pelo julgamento dos recursos oriundos dos processos das varas da Justiça Federal em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A sede do tribunal fica em uma torre na esquina da avenida Paulista com a alameda Ministro Rocha Azevedo, no bairro da Bela Vista.
Para ter acesso aos andares do edifício os visitantes passam por um detector de metais, e pastas, mochilas, bolsas e malas são submetidas a um equipamento de raio-X.
Em nota, a Ajufe e a Ajufesp, associações que representam juízes federais, manifestaram "indignação em face do covarde ataque sofrido pela juíza" nas dependências do TRF-3.
"A ousadia e a violência do ataque, desferido pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção, trazem à tona grandes preocupações e questões relevantes", afirmam as entidades.
"A falta de segurança que acomete o ofício dos magistrados é crônica. Não se justifica, em nenhuma hipótese, colocar vidas em risco por motivo de restrições orçamentárias. A segurança, a ser garantida por profissionais devidamente treinados, é essencial para o exercício do ofício judicante", dizem.
Na nota, a Ajufe e a Ajufesp dizem que "o momento político em que vivemos", "com a interdição do diálogo e a polarização ideológica, contribuem para o acirramento dos ânimos e para o desrespeito crescente às instituições".
"O Poder Judiciário tem sido objeto de ataques vis, que maculam a sua independência e botam em xeque a sua autoridade. Essa quebra de institucionalidade pode causar consequências nefastas para toda a sociedade, autorizando manifestações de ódio que podem resultar em violência de toda ordem", completam.
O ato de violência desta quinta ocorreu com a classe jurídica abalada depois das declarações de Rodrigo Janot sobre sua intenção de matar o ministro do STF Gilmar Mendes em 2017.
Na semana passada, Janot disse à Folha e a outros veículos que chegou a entrar uma vez no Supremo armado com uma pistola com a intenção de assassinar Gilmar, por causa de insinuações que ele teria feito sobre sua filha.
O ex-PGR afirmou que "só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não".
Segundo a Folha de S.Paulo, ele foi detido no local e levado para a sede da PF, na zona oeste.
O episódio provocou reação de associações que representam juízes e que disseram ser "crônica" a falta de segurança dos magistrados.
A classe jurídica já vinha em choque desde a semana passada, depois de declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter entrado armado no STF (Supremo Tribunal Federal) em 2017 porque pretendia matar Gilmar Mendes, ministro da corte.
O ataque da tarde desta quinta no TRF-3 foi revelado pelo site Conjur (Consultor Jurídico).
Segundo a publicação, a juíza Louise Filgueiras teve seu gabinete invadido pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção, que teria acertado uma facada no pescoço da juíza. O ferimento, porém, foi leve.
Procurada, a assessoria do tribunal informou apenas que a juíza vítima do episódio passava bem.
A PF disse que os detalhes do caso ainda estavam sendo apurados, mas confirmou que ele foi preso em flagrante sob suspeita de tentativa de homicídio. A defesa do procurador não foi localizada pela Folha.
Por meio de nota, a AGU (Advocacia-Geral da União) disse que, em relação à prisão do procurador ligado à instituição, determinou a "imediata abertura de sindicância investigativa".
Ela disse lamentar esse episódio, registrar "irrestrita solidariedade à magistrada" e repudiar "todo e qualquer ato de violência".
O Conjur diz que Louise havia sido convocada para substituir um juiz do TRF-3 de férias.
O TRF da 3ª Região é a corte federal responsável pelo julgamento dos recursos oriundos dos processos das varas da Justiça Federal em São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A sede do tribunal fica em uma torre na esquina da avenida Paulista com a alameda Ministro Rocha Azevedo, no bairro da Bela Vista.
Para ter acesso aos andares do edifício os visitantes passam por um detector de metais, e pastas, mochilas, bolsas e malas são submetidas a um equipamento de raio-X.
Em nota, a Ajufe e a Ajufesp, associações que representam juízes federais, manifestaram "indignação em face do covarde ataque sofrido pela juíza" nas dependências do TRF-3.
"A ousadia e a violência do ataque, desferido pelo procurador da Fazenda Nacional Matheus Carneiro Assunção, trazem à tona grandes preocupações e questões relevantes", afirmam as entidades.
"A falta de segurança que acomete o ofício dos magistrados é crônica. Não se justifica, em nenhuma hipótese, colocar vidas em risco por motivo de restrições orçamentárias. A segurança, a ser garantida por profissionais devidamente treinados, é essencial para o exercício do ofício judicante", dizem.
Na nota, a Ajufe e a Ajufesp dizem que "o momento político em que vivemos", "com a interdição do diálogo e a polarização ideológica, contribuem para o acirramento dos ânimos e para o desrespeito crescente às instituições".
"O Poder Judiciário tem sido objeto de ataques vis, que maculam a sua independência e botam em xeque a sua autoridade. Essa quebra de institucionalidade pode causar consequências nefastas para toda a sociedade, autorizando manifestações de ódio que podem resultar em violência de toda ordem", completam.
O ato de violência desta quinta ocorreu com a classe jurídica abalada depois das declarações de Rodrigo Janot sobre sua intenção de matar o ministro do STF Gilmar Mendes em 2017.
Na semana passada, Janot disse à Folha e a outros veículos que chegou a entrar uma vez no Supremo armado com uma pistola com a intenção de assassinar Gilmar, por causa de insinuações que ele teria feito sobre sua filha.
O ex-PGR afirmou que "só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não".