Num ambiente tomado por servidores sob estado de paralisação
em virtude do que as categorias vêm sofrendo ante os retrocessos patrocinados
pelo governo do município, o Ministério Público da Paraíba realizou uma audiência
pública no auditório da sede da Secretaria de Educação de Santa Rita, na manhã
desta sexta-feira (7).
Como um claro pedido de ajuda ao MP, os servidores
denunciaram o descaso que vêm sofrendo por parte do prefeito Emerson Panta com
a negação e a retirada de direitos adquiridos, garantidos por lei, constantes
nos PPCR’s das categorias e que estão sendo desrespeitados peremptoriamente
pelo gestor do município.
Reajuste de 7,64% do Magistério, com data-base
em janeiro e que ainda não foi repassado, reajuste do pessoal de apoio e demais
categorias pelo índice percentual do Salário Mínimo de 6,47% ainda não
concedido ou sequer discutido, retirada de direitos como o adicional de
insalubridade da Educação e da Saúde, terço de férias com data-base em janeiro
e que ainda não foi pago, salários atrasados sem previsão de pagamento, dentre
tantos outros arbitrários da gestão Panta, em Santa Rita.
De posse da palavra, os servidores denunciaram a falta de
diálogo e de boa vontade de Dr. Emerson para com a situação do servidor.
Em contrapartida, o inchaço crescente, mês a mês, da folha
de pagamento, chegando a mais de R$ 1,3 milhão e aumento de mais de 400
servidores contratados e comissionados só entre os últimos meses de abril e
maio. Confira:
Ainda foram denunciados a situação da infraestrutura da
cidade, intransitável, PSF ‘s que permanecem fechados e sem qualquer estrutura
digna de conceber um simples procedimento médico ou odontológico, apesar da
propaganda institucional insistir em dizer que o atual prefeito reestruturou a
Saúde, além dos atos contínuos de perseguição clara às classes trabalhadores da
edilidade, como “o mais novo projeto de lei do Executivo, que visa punir o
servidor com o resgate de leis antigas e já revogadas sob a desculpa de
disciplinar, quando sabemos que o intuito do prefeito é o de pisar na cabeça do
trabalhador santarritentense”, ressaltou Marileide Moura, militante sindical.
“Basta abrir o Diário Oficial que vemos que em Santa Rita
não há crise, Inclusive denunciamos que hoje uma empresa de monitoramento está
sendo apresentada na Secretaria de Educação, que custará em um ano mais de R$ 3,6
milhões. Não temos nada contra tomar procedimentos de segurança em nossas
escolas, mas num momento em que o servidor está praticamente passando fome,
fica evidente que o município tem outras prioridades”, finalizou.
Assista ao vídeo da fala de Leda durante a audiência do
Ministério Público hoje, em Santa Rita:
Ao final da audiência pública do MP, os servidores realizaram
um ato em frente à sede da Secretaria de Educação com um pit stop para
conscientizar a população da situação de sucateamento e desmonte por que passa
o serviço público municipal santarritense.
Confira as fotos:
News Paraíba