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Decreto de Panta desmonta serviço público municipal de Santa Rita: direitos cassados e reajuste salarial suspenso

terça-feira, 29 de agosto de 2017

/ por News Paraíba




Depois de fechar as salas de recursos multifuncionais, deixando centenas de crianças com deficiências e outras necessidades especiais sem atendimento na rede municipal, Panta dá o golpe fatal, mais uma vez no servidor: num verdadeiro pacote de atrocidades, prefeito cassa direitos, suspende planos de carreira, adicionais previstos em lei, terço de férias e reajuste salarial dos servidores de carreira. Também fica suspensa a convocação de concursados.

Com quase 65% de comprometimento com a folha, Panta vai tirar dos efetivos para manter comissionados e contratados em dia; em decreto prefeito de Santa Rita suspende reajuste salarial, vai cassar mais direitos do servidor, suspende a convocação de concursado aprovados

Está no Diário Oficial do município de Santa Rita, desta segunda-feira (28), em sua edição de n.º 697, o tiro fatal dado pelo prefeito Emerson Panta no serviço público municipal.

Em um verdadeiro pacote de maldades, Panta, numa canetada só, promete cassar direitos históricos, conquistados pelas categorias funcionais municipais e garantidos pelas leis que regem os planos de carreira das classes trabalhistas da edilidade.

A mais nova maldade do governo Panta, responde pelo Decreto Municipal n.º 32/2017, que faz uma verdadeira devassa na vida funcional do trabalhador concursado e efetivo, e desmonta de vez o serviço público do município.


Sob a alegação de adequar as finanças e manter a “sustentabilidade administrativo-financeira”, o prefeito, que onerou a folha de pagamento em mais de R$ 1,8 milhão na travessia de abril para maio e que já atinge quase 65% de comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, agora, retira dos servidores efetivos o que lhe foi conquista árdua para manter seu sistema político em dia e muito bem remunerado.


As atrocidades são de amplo alcance e vão desde a decretação da não convocação dos aprovados do último concurso, passando pela cassação de adicionais como o noturno, de periculosidade e de insalubridade, a suspensão de difícil acesso, GEAD, GAE e dobras de carga horária, desobediência às progressões dos PCCR’s, além da pronta suspensão dos reajustes, inclusive, os previstos em lei, como o do Magistério e a correção do salário mínimo às demais categorias.

As medidas do Decreto 32 atingem a todas as categorias, e estão implicadas nos incisos do Artigo 1º.

Elencamos os principais e mais danosos aos servidores logo abaixo. Confira:

INCISO III – OS APROVADOS EM CONCURSO

“III – suspender o provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores da saúde;”

No Inciso III, Panta rechaça qualquer possibilidade de convocação dos aprovados em concurso, que aguardam ser chamados, mas até o momento sem receber qualquer sinalização do prefeito para tal.

O clima é de completa indiferença e desfaçatez do prefeito, que ouve o clamor dos aprovados, mas opta por inchar a folha com apadrinhados políticos, muitos, mal frequentam seus locais de trabalho:

INCISO V – ADICIONAIS NOTURNO, DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

“V – revisar todas as concessões de adicional de periculosidade, adicional de insalubridade e adicional noturno, suspendendo toda e qualquer concessão considerada irregular;”

Panta vai revisar e cassar direitos adquiridos e garantidos, como os adicionais de periculosidade, de insalubridade e noturno, atingindo, assim, categorias como os vigilantes e a Saúde.

INCISO VII – DIFÍCIL ACESSO, GEAD E GAE

“VII – revisar a concessão das seguintes gratificações: gratificação de dupla carga horária; gratificação de difícil acesso; gratificação por exercício de função e; gratificação por atividade extraordinária, suspendendo ainda toda e qualquer concessão considerada irregular;”

No Inciso VII, o prefeito deixa claro que vai suspender as dobras de carga horária, o difícil acesso àqueles e àquelas que trabalham na Zona Rural e em localidades onde não passa o transporte público e que necessitam do adicional para se deslocarem à sua unidade de trabalho e vice-versa, além da retirada da GEAD e GAE, direitos previstos no plano de carreira desses servidores e servidoras.


INCISO IX – OS PCCR’S

“IX – suspender a reestruturação ou qualquer revisão de planos de cargo, carreiras e vencimentos dos servidores que importem em aumento de despesas com pessoal;”

Panta vai suspender toda e qualquer reestruturação ou revisão dos PCCR’s, inclusive, as progressões funcionais, previstas nos planos de cada categoria, retirando desses servidores e servidoras o direito primário de evoluir profissional e financeiramente, fruto do seu esforço e trabalho.

INCISO X – REAJUSTES E AUMENTOS SALARIAIS SUSPENSOS

“X – suspender a concessão de qualquer vantagem, aumento, reajuste, gratificação ou adequação de remuneração que importe em aumento de despesas com pessoal;”

No Inciso X, Panta retira do servidor toda esperança de receber o reajuste salarial, concedido todos os anos, com data-base em janeiro, mas que houve, sequer, a abertura de diálogo para que se negociasse qualquer forma de ressarcir o servidor de um direito seu e que está sendo usurpado pelo gestor do município.

INCISO XI – TERÇO DE FÉRIAS

“XI – suspender a concessão de abono pecuniário para todo e qualquer servidor da edilidade, bem como o pagamento do terço de férias;”

Por fim, o famigerado terço de férias, amplamente usado como arma contra o movimento grevista nos meios de comunicação, usado como argumento na peça processual que culminou com a suspensão da greve dos servidores, que mostrava a verdadeira face de um governo tirano e perseguidir, pasmem, está suspenso pelo bom e velho Dr. Panta.

Os efeitos do decreto terão início a partir da próxima sexta-feira (1º ) e deverão estar em vigor até o dia 31 de dezembro, no mínimo. Se não for renovado para o ano de 2018.

O que se vê claramente com esse decreto é a atitude de intimidação de um prefeito mesquinho e apequenado, déspota e torpe, que tem a ideia fiz de fazer da cidade um curral eleitoral, utilizando o servidor como exemplo ante à população numa ação clara de quem diz e mostra como age quando se sente contrariado.

É hora das categorias se unirem, unirem forças e reagirem, porque não se viu jamais na história de Santa Rita, uma gestão que desse certo perseguindo, oprimindo e elegendo o servidor como inimigo.

 

Germano Costa
para o News Paraíba
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