Responsive Ad Slot

"Ela já deveria ter saído faz tempo", diz Cássio sobre insistência da tucana Luislinda Valois em permanecer no governo

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

/ por News Paraíba

‘Ministra não tem simancol’, afirma secretário-geral do PSDB
Os dirigentes tucanos já perderam a paciência com a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, e querem que o presidente Michel Temer tome a iniciativa de demiti-la do governo. Eles dizem que ela está constrangendo tanto o governo quanto o PSDB, que não concorda com sua permanência no ministério. Ao contrário da ministra, os tucanos afirmam que o caso do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, é diferente, pois ele comanda uma função de estado. O secretário geral do partido, deputado Marcus Pestana (MG), diz que Luislinda não tem “simancol”.

Na convenção do partido, realizada no último sábado, vários dirigentes cobraram a saída de Luislinda. Eles afirmam, no entanto, que ela não dá qualquer satisfação ao partido e que já deveria ter saído desde o episódio em que tentou acumular salário com aposentadoria, alegando que estava fazendo trabalho análogo a escravidão.

— Com a insistência em ficar no ministério, Luislinda está provocando desconforto. Já deveria ter saído faz tempo, mais por questões pessoais do que partidárias. Não deu qualquer satisfação para o PSDB. Não nos representa no governo. Está causando constrangimento para o governo e para o PSDB. Não faz nenhum nexo ela continuar. Deveria ter simancol, ter dicernimento e sair. No momento em que o mote é o combate aos privilégios ela vem dizer que R$33 mil por mês é escravidão? E ainda com discurso de mulher negra e pobre. O movimento negro está morrendo de vergonha — desabafou Pestana.

De acordo com O Globo, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também cobrou a saída:

— Ela já deveria ter saído faz tempo — avaliou.

O novo tesoureiro do PSDB, deputado Sílvio Torres (SP), diz que a ministra Luislinda não dá ouvidos a ninguém.

— Esperamos que o presidente Michel Temer resolva logo a situação de Luislinda. Ela não dá ouvidos nem a turma dela, não quer saber — apela Sílvio Torres.

O novo presidente do Tucanafro, o segmento do movimento negro no PSDB, Juvenal Araújo, diz que haverá uma reunião com o secretário geral, na próxima quarta-feira, para ver que atitude tomar em relação a continuidade de Luislinda no governo. Ele diz que o pleito de acumular salário e aposentadoria acima do teto, como outros magistrados, não trouxe tanto desconforto quanto a declaração de que a ministra estava em situação análoga a escravidão. Juvenal não acredita que a declaração tenha sido colocada na petição por Luislinda, tida por ele como uma jurista de renome.

— Isso trouxe um descontentamento. Claro que o movimento não concorda. Queremos que a decisão do partido, de desembarcar do governo, seja soberana. O partido é que direciona as decisões de seus membros. O que o Tucanafro quer e o que nós queremos é que o desembarque aprovado seja respeitado por todos — disse Juvenal Araújo.
© Todos os direitos reservados.