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PF mira aliados de Eunício

terça-feira, 10 de abril de 2018

/ por News Paraíba

Senador não é alvo de nenhum dos oito mandados de buscas autorizados por Fachin, mas investigados são ligados ao presidente do Senado

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 10, a Operação Tira-Teima, que investiga pagamentos de vantagens indevidas, por partes de um grupo empresarial a políticos, para obter benefícios em medidas de interesse do grupo econômico.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin ordenou oito mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiânia e Fortaleza, cumpridos por 40 agentes da PF. Os alvos são pessoas supostamente ligadas ao senador Eunício Oliveira (MDB), presidente do Senado.
 
Segundo o Estadão, o senador é alvo de inquérito no Supremo, aberto em abril de 2017, que o investiga por supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A finalidade das medidas é buscar documentos e outros elementos de aprofundamento da investigação, considerando a notícia de doações de campanha abalizadas através de contratos fictícios. A operação é decorrente de delação do ex-diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas, Nelson Mello.

Inclusive, um dos mandados da operação desta terça-feira foi cumprido na sede Hypera Pharma, novo nome da Hypermarcas. Eles mudaram de nome em fevereiro por decisão da assembleia geral extraordinária da empresa.

Em 2016, Mello afirmou em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar repasses de propinas milionárias para senadores do então PMDB, entre eles o ex-presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

COM A PALAVRA, A HYPERA PHARMA
Nesta manhã, há operação de busca e apreensão no escritório da Companhia em São Paulo para colher documentos relacionados à colaboração do ex-diretor de Relações Institucionais da Companhia, Nelson Mello.

A Companhia reitera que não é alvo de nenhum procedimento investigativo, nem se beneficiou de quaisquer atos praticados isoladamente pelo ex-executivo, conforme já relatado ao longo do ano de 2016 em vários comunicados.
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