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Em entrevista, Kita defende austeridade e fim das mordomias na Prefeitura de Bayeux: "Vou cortar todas as regalias"

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

/ por News Paraíba

Em entrevista à Band News FM, na manhã desta segunda-feira (26), o vereador Jefferson Kita (PSB), próximo presidente da Câmara Municipal, e que deverá ser alçado ao cargo de prefeito interino da cidade, falou sobre a atual situação política do município e os rumos que deve dar à administração municipal a partir de janeiro.

Para Kita, a cidade, sob a gestão de Nôquinha, vive um colapso com a falta de serviços, atraso de salários e ausência da gestão pública. Segundo o parlamentar, os problemas com a folha de pagamento é  preocupante e pode complicar ainda a situação.

"A cidade pode entrar em colapso. Bayeux já está com quase duas folhas 'dentro', vai ter que pagar o décimo integral porque não pagou a primeira parcela. Agora vai ter que pagar três folhas em menos de dois meses", explicou. 

De acordo com o vereador, assumir o Poder Executivo bayeuxense sob as condições em que se encontra será o maior desafio de sua vida, mas se considera preparado para encará-lo.

"Vai ser o maior desafio da minha vida, mas eu não vou fugir da missão, se assim for dada. Sei do peso da responsabilidade, mas estou preparado. Ninguém está preparado para uma situação dessa, mas com alguns apoios que eu tenho e devido à minha formação em Gestão Pública. Tenho uma visão técnica, apesar de ser político", pontuou. 

Jefferson ainda se diz tranquilo quanto ao que virá nos próximos meses, em virtude contar com apoios como o do atual e e futuro governador, Ricardo Coutinho e João Azevêdo, respectivamente.

"O fato de ter essa ligação com o governador (me deixa tranquilo). O governador foi o prefeito de Bayeux. Em todas as grandes obras hoje feitas em Bayeux teve a ação do governador. Eu assumo a responsabilidade com mais tranquilidade sabendo que tem um governo que foi eleito, João Azevêdo, que é uma pessoa que tem comprometimento e que já foi secretário de Planejamento de Bayeux e conhece bem a cidade. Ter essas pessoas do meu lado para me ajudar a enfrentar essa crise me deixa um pouco mais confortável", disse.

Para sua eventual gestão, Kita promete austeridade, enxugamento da folha e corte de gastos com foco total nas mordomias e regalias proporcionadas pela edilidade municipal.

"Vou governar quase como um interventor. Vou ter que cortar todas as regalias. Hoje cada secretário tem um carro locado (à disposição). Em momento de crise, isso é um absurdo", declarou. 

O futuro prefeito ainda explicou como deve começar o trabalho de contenção de gastos em seu governo. Para ele, o que chama de "pilares da administração pública" devem ter atenção especial já nos primeiros dias. A obediência à LRF deve também deve ser uma  prioridade.

"São dois pilares da administração pública, que são folha de pessoal, vamos fazer enxugamento, e os pagamentos. Vamos ter que rever todas as licitações. A folha de Bayeux representa quase 70% do orçamento, ante um limite prudencial de 54%, determinado pela Lei de Responsabilidade fiscal", afirmou.

Kita também comentou a situação orçamentária da cidade, que vive em sua totalidade de quase 90% de repasses de recursos, lhe tirando o poder de investimento e a possibilidade de alocar recursos próprios para as maiores necessidades da população, longe das rubricas das verbas federais.

"O que eu vejo a curto prazo na cidade de Bayeux é austeridade para manter os serviços essenciais, como coleta, iluminação pública, medicamentos nos postos, merenda, limpeza urbana. Para as grandes obras, defendo as parcerias com o Governo Federal e com o Governo do Estado", finalizou.

Ouça a entrevista:


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