Filho do ex-governador, ex-senador e ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, e da ex-vice-governadora da Paraíba, Lauremília Lucena, Mersinho Lucena anunciou sua saída do PSDB, partido que já foi presidido por sua mãe, do qual compõe o diretório municipal em Cabedelo e que há anos ajudou a construir no Estado junto aos seus pais, desde a divisão do antigo PMDB, e posterior filiação ao ninho tucano.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (23).
Secretário de governo da gestão Vítor Hugo (PRB), Mersinho afirmou não concordar com o posicionamento do PSDB, que indicou o vereador Janderson Brito como vice na chapa de Eneide Régis visando à eleição suplementar de março, com o aval de Leto Viana, ex-prefeito da cidade, preso pela Operação Xeque-Mate em abril do ano passado e que renunciou ao mandato em outubro último.
Para ele, a decisão do partido é um equívoco em virtude de os personagens que figuram na oposição a Vítor Hugo já terem governado a cidade por doze anos e não terem realizado as obras estruturantes que o atual governo conseguiu em menos de oito meses e que a cidade almejava historicamente.
"O principal motivo da minha desfiliação é, além de fazer parte da gestão de Vítor Hugo, que tem demonstrado ser uma gestão eficiente, uma gestão que transformou Cabedelo em menos de oito meses, o PSDB, partido ao qual sou filiado e que ajudei a construir no Estado, entendeu e preferiu apoiar a candidatura da oposição, que já teve doze anos de possibilidades de fazer por Cabedelo algo realmente estruturante e não fez", disse o secretário.
Para Mersinho, a ficha ainda não caiu para os tucanos depois do recado das urnas nas últimas eleições em outubro do ano passado.
"Parece que a ficha ainda não caiu para os dirigentes do partido aqui na Paraíba após o recado das urnas dado nessas últimas eleições. Eu acredito que eles ainda não perceberam que as práticas antigas da política estão decadentes e o que interessa para a população são aqueles que estão fazendo algo verdadeiramente concreto pelas vidas das pessoas", pontuou.
Segundo Lucena, não há mais condições de permanecer na legenda, vez que, por ser integrante da gestão municipal, não seria ético de sua parte estar filiado a um partido que apoia a candidata de oposição às ideias que considera serem as melhores para o futuro da cidade.
"Então não tenho como continuar num partido, fazendo parte do governo em que eu acredito que é o melhor para a cidade e para o futuro de Cabedelo, apoiando uma candidata da oposição. Acredito no projeto de Vítor Hugo e não seria ético da minha parte nem leal permanecer num partido que tomou posições que considero equivocadas", finalizou.
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