O lixo mais caro da história de Santa Rita é jogado no meio da rua, a céu aberto, em pleno mercado público.
Responsável por apenas metade da coleta do lixo produzido na Rainha dos Canaviais, a Servicol não consegue dar solução a um problema para o qual é muito bem paga pelo erário do povo santarritense para resolver.
São inúmeros os flagrantes do desrespeito às leis ambientais, à saúde e à combalida economia local, além da desobediência às recomendações do Ministério Público da Paraíba, que já emitiu parecer determinando que o problema fosse resolvido, sob pena de tanto a Servicol quanto a Prefeitura de Santa Rita sofrerem uma ação civil pública por parte do órgão ministerial.
Além de agredir a saúde dos usuários do mercado, tornando o local insalubre para a aquisição de alimentos, a Servicol ainda prejudica os comerciantes, que já enfrentam uma das piores crises de sua história e ainda precisam conviver com a desconfiança da população, que tem evitado o mercado e procurado os supermercados, diante da iminência de contaminação por causa do acúmulo de lixo na praça comercial.
Diante da situação, fica nítida a dificuldade que a Servicol tem enfrentado para limpar o lado da cidade pelo qual é responsável, mesmo tendo recebido, só em 2018, mais de R$ 8 milhões dos cofres públicos, de acordo com o Sagres.
Foram empenhados quase R$ 10 milhões, dos quais mais de R$ 8,2 milhões foram pagos à empresa pela gestão Panta.
SERVICOL PASSA POR SÉRIOS PROBLEMAS FINANCEIROS
Na última semana, o News Paraíba noticiou que a Servicol passa por problemas de operacionalização com a suspensão do abastecimento de combustível, evidenciado em um aviso no caixa de um posto da cidade.
De acordo com fontes da empresa e da gestão municipal, por causa da deficiência dos serviços prestados à cidade, o prefeito Emerson Panta tem cobrado ferozmente à Servicol e feito repasses menores à empresa em comparação aos feitos à Geo Urbana, a outra concessionária dos serviços de coleta do lixo de Santa Rita.
O problema tem agravado a já séria crise no relacionamento da direção da Servicol com o gestor do município.
Para confirmar a fragilidade em suas finanças e os problemas que tem enfrentado para operacionalizar o seu trabalho, as mesmas fontes revelam que a Servicol parou por dois dias na semana passada, motivo pelo qual o lixo se acumulou nas ruas e bairros de Santa Rita, gerando ainda mais desconforto para Panta, que tem sofrido as maiores e mais duras críticas pela deficiência na coleta.
MORADOR FAZ NOVA DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Indignado com a situação, o advogado criminalista João Alves Júnior, morador da Rua Coronel Domiciano, mesma rua do mercado, e um dos locais mais prejudicados pela incompetência da Servicol, formulou mais uma denúncia contra a empresa ao Ministério Público por desrespeito à saúde pública e ao meio ambiente.
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Além do lixo a céu aberto no acesso do mercado na Coronel Domiciano, o advogado também fez flagrantes do lixão formado no acesso da escadaria da feira do peixe.
O caos predomina e a população começa a ocupar as redes sociais exigindo uma solução para o problema do mercado e de outras localidades, a exemplo do bairro do Açude, dentre outros.
Confira a galeria de fotos do lixo acumulado em Santa Rita:
Diante das evidências, da ineficiência e a da falta de competência e estrutura da empresa para exercer basicamente as suas funções, fica o questionamento: não seria exatamente por isso que Panta tem demonstrado sua predileção pela Geo Urbana em detrimento da Servicol?
A crise é grave e a empresa pode ter o seu contrato rompido por falta de capacidade técnica e de estrutura diante de um faturamento de mais de R$ 9 milhões pagos pela população santarritense.
News Paraíba