Adversários de uma eleição acirrada como a de 2016, Leto Viana e Eneide Régis agora pertencem ao mesmo grupo e vão juntos para a disputa do pleito suplementar de Cabedelo, que ocorrerá no próximo dia 17 de março.
Um novo processo eleitoral se dá depois de quase um ano da prisão de Leto, acusado pelo Gaeco de ser o mentor do maior esquema de desvio de dinheiro público da história da cidade portuária, um dos maiores do país.
Segundo dados do Ministério Público da Paraíba e da Polícia Federal, depois de comprar o mandato de Luceninha, o esquema liderado por Leto desviou cerca de R$ 30 milhões dos cofres públicos cabedelenses.
A Xeque-Mate prendeu prefeito, vice-prefeito, cinco vereadores e afastou 85 servidores públicos, em abril do ano passado.
Diante de todas essas circunstâncias, mesmo preso, Leto tive força para indicar o vereador Janderson Brito, do PSDB, como o vice-prefeito de Dona Eneide, do PSD, visando as disputas deste ano.
O PSDB de Cabedelo é presidido por ninguém menos que Felipe Monteiro França, desde o dia 5 de outubro de 2017.
Diretório do PSDB de Cabedelo, com as presenças de Felipe Monteiro, Leto Viana, Jacqueline Monteiro,
Cássio Cunha Lima e Ruy Carneiro
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Felipe é filho de Leto e ex-secretário de Transportes na gestão do pai e está entre os 85 servidores afastados pela Operação Xeque-Mate, no ano passado.
Além da controversa união com os Monteiro França, os Régis têm em seus "quadros" o ex-prefeito Zé Régis, condenado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba por improbidade administrativa em um dos diversos processos a que responde, o que o torna inelegível pela Lei Ficha Limpa.
Como parte da pena, Zé Régis presta serviços comunitários ao 'Amém', além do pagamento de uma multa no valor de R$ 48 mil.
Representantes das mais velhas e retrógradas práticas políticas, os antigos inimigos políticos, agora aliados de primeira hora, se unem contra Vítor Hugo, indo de encontro ao momento administrativo que a cidade vive, com obras e investimentos em todas as áreas da administração pública.
Com uma gestão moderna, austera e operosa, o atual prefeito encerrou o ciclo vicioso da corrupção visceral antes instalada na estrutura da máquina pública de Cabedelo, acabou com os super-salários e com os servidores fantasmas, que marcaram a cidade e foram alguns dos principais motivos para a deflagração da Xeque-Mate.
A atual gestão fez com que o dinheiro público pudesse ser investido em áreas essenciais como Infraestrutura, Saúde e Educação, com programas de pavimentação e drenagem de ruas e avenidas em todos os bairros da cidade, inauguração da primeira escola municipal de tempo integral, reforma, ampliação e aquisição de novos equipamentos para o hospital municipal e uma ação inédita de valorização do servidor público, com a implementação de uma política salarial com aumento para todas as categorias.
A união entre Régis e Viana acaba por desconstruir o discurso da oposição cabedelense, quando esta se sustentava no argumento de que Vítor Hugo daria à gestão municipal o caráter de continuidade das práticas adotadas por Leto.
Na contramão do modus operandi do seu antecessor, Vítor contrariou interesses e deu início a um novo tempo à cidade a ao seu povo.
Resta aguardar a resposta da população, que responderá ao referendo de março, quando dirá se fica com o atual modelo de administração ou se voltará a ocupar as páginas policiais.
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