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Prevenção ao suicídio: secretarias devem apresentar projeto de apoio às famílias enlutadas

sexta-feira, 15 de março de 2019

/ por News Paraíba

As Secretarias de Saúde do Estado e de João Pessoa, em parceria com o projeto 'Ressignificando Vidas' e com o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), deverão apresentar um projeto de apoio às famílias de parentes que cometeram ou tentaram cometer suicídio. De janeiro a março deste ano, somente no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, foram atendidos 55 casos de tentativa de suicídio.

A construção do projeto foi uma das medidas discutidas na reunião dessa quarta-feira (13/03), do Grupo de Trabalho de Prevenção ao Suicídio, coordenado pela Promotoria de Defesa dos Direitos da Saúde da Capital.

A reunião foi presidida pela promotora de Justiça Jovana Tabosa e teve a participação da coordenadora de Saúde Mental do Estado, Iaciara Mendes; a coordenadora da Psicologia do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, Anne Michelle Paiva; a representante do Conselho Regional de Psicologia, Arethusa Farias; a coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital Samaritano, Simone Duarte; a assistente social do Hospital do Valentina, Lielma Araújo; a coordenadora de Serviço Social do Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho, Jacilene Nascimento.

Também participaram a jornalista e estudante de Teatro da UFPB, Maria Aparecida Melo; o coordenador do Centro de Valorização da Vida, Natanael Muniz; a psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, Niviane Ribeiro Sales; a representante do Departamento de Saúde Mental de João Pessoa, Alessandra Gomes da Cruz; a chefe do Numol da Capital, Cristiane Helena Freire; a gerente de Hospitalidade do Hospital Samaritano, Janaina Daltrozo; a representante da Vigilância em Saúde do Estado, Gerlane Oliveira; e a superintendente adjunta do Instituto de Polícia Científica, Susyara Medeiros de Sousa.

A Chefe do Numol, Cristiane Helena Freire, informou que todo caso de suicídio tem que passar pelo núcleo e que nenhum hospital pode atestar morte por suicídio, assim como causas suspeitas. “O hospital só atesta mortes por doença. Causas suspeitas, seja por afogamento, por envenenamento, são encaminhados para o Numol”, disse. Ela falou também que todo hospital deve ter uma comissão de óbito, que é composta por uma equipe multidisciplinar.

Segundo a coordenadora Anne Michele, quando o Hospital de Trauma recebe esses pacientes, é feita a notificação compulsória. Se o paciente for a óbito, é encaminhado para o Numol. Com relação a comissão de óbito do hospital de Trauma, os registros ficam com o serviço social.

A coordenadora Iaciara Mendes relatou que foram iniciadas as tratativas para levar o projeto 'Ressignificando Vidas' para o Hospital de Trauma de Campina Grande. O projeto é realizado no Trauma da Capital, coordenado pela psicóloga Anne Michele, e atende pacientes que tentaram tentativa de suicídio através do acompanhamento psicológico semanal e psiquiátrico quinzenal.

A coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Infantil, Luana Araújo, informou que, desde outubro, houve um aumento no atendimento de adolescentes por tentativa de suicídio. Em média, segundo ela, são atendidos 4 casos por dia. Na maioria dos casos, segundo a coordenadora, existe um histórico de abuso sexual.

Já a coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde do Estado relatou que existe uma ficha de notificação de violência interpessoal e autoprovocada, que é inserido no sistema do Ministério da Saúde. Essa notificação de violência deve ser realizada pelos profissionais da saúde, Creas, Cras, conselho tutelar e escola que fazem o preenchimento de uma ficha dizendo todas as informações da violência e encaminha para a secretaria de saúde do município.

A promotora Jovana Tabosa determinou a apresentação da minuta de um projeto direcionado as famílias enlutadas e as famílias de tentantes na próxima reunião, que será realizada no dia 10 de abril, às 14h.
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