Enquanto na maior parte do país a taxa de assassinatos cresce regularmente ou vive numa gangorra, um grupo de estados vem apresentando tendência de queda ao longo dos últimos anos. Reforço do policiamento em locais identificados como mais violentos, investimentos em inteligência e integração das polícias, além de ações de longo prazo são algumas das medidas apontadas por especialistas em segurança pública para explicar o sucesso dessas regiões.
Com base em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e das secretarias estaduais de Segurança Pública (SSPs), O GLOBO identificou o fenômeno, em maior ou menor grau, em nove unidades da federação: Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí e São Paulo.
Isso não significa que todos esses estados estejam entre os locais menos violentos do país. São Paulo tem a menor taxa de assassinatos, mas Alagoas continua entre os estados em pior situação. Em alguns desses casos, houve até aumento dentro da série história iniciada em 2012, mas as taxas voltaram a diminuir.
Não há garantia, porém, que o cenário seja mantido nos próximos anos. Há estados que conseguiram reduzir as taxas por algum tempo, mas depois viram novamente os assassinatos subirem, como o Rio de Janeiro em 2013 e Pernambuco, em 2014.
A sensação de segurança nas ruas também nem sempre é sentida, uma vez que um mesmo estado pode reduzir o número de assassinatos e aumentar a quantidade de crimes patrimoniais, como roubos de residências e assaltos à mão armada.