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Análise: organizado e inteligente, Flamengo contém ímpeto corintiano e se impõe em Itaquera

quinta-feira, 16 de maio de 2019

/ por News Paraíba
Uma vitória justa de um Flamengo que esteve longe de ser brilhante, mas foi competitivo e consistente. Se o duelo contra o Corinthians pela Copa do Brasil serve de laboratório para o mata-mata com o Emelec pela Libertadores, o 1 a 0 em Itaquera foi conquistado com uma atuação segura e madura de um time que não teve seus craques em noite inspirada.
 surpresa pela formação mais ofensiva de Fábio Carille não tirou a tranquilidade de um Flamengo que fez valer da organização defensiva e superioridade técnica para respirar. A marcação alta dos atacantes corintianos resultou em chutões apenas nos minutos iniciais. Depois, o que se viu foi uma equipe que soube trocar passes para ditar o ritmo e entrar no jogo.
Rodrigo Caio e Cuéllar estiveram - mais uma vez - em noite perfeita. Fosse no combate direto, no jogo aéreo - em especial o zagueiro - ou na saída de bola, foram determinantes para conter o ímpeto ofensivo corintiano. Não à toa, somaram 15 ações de roubadas de bola ou desarmes juntos (10 para o camisa 3).No primeiro tempo, o Flamengo teve dificuldade para se encontrar no setor ofensivo. Errou muito. Everton Ribeiro e De Arrascaeta afunilavam e batiam cabeça, e a equipe carecia de criatividade na armação. Os 45 minutos iniciais, no entanto, foram bem controlados, sem que Diego Alves sequer fizesse uma defesa.A volta do intervalo já apresentou uma equipe mais bem postada no campo do adversário. A posse de bola que terminou com 60%, por sua vez, demorou para ser traduzida em chance clara de gol, o que aconteceu justamente com a melhora do Corinthians. Em busca do resultado em casa, Carille lançou Jadson e Pedrinho, tornando o jogo mais aberto.O gol de Willian Arão premiou não somente um Flamengo que soube manter-se organizado primeiro para conter o ímpeto do aversário e depois para ter paciência à espera de espaços. Premiou também a atuação convincente de quem habituou-se a sofrer com críticas toda vez que entra em campo.Willian Arão foi um exemplo da compreensão rubro-negra na leitura do jogo. Cumpriu suas funções defensivas, não usou tanto o corredor pelo lado direito com Pará e Everton Ribeiro, e aproveitou os espaços dados pelos corintianos com marcação falha na entrada da área. Assim, percebeu o clarão que percorreu até a cabeçada certeira para as redes de Cássio. Com um primeiro tempo ruim, mas controlado, e um segundo tempo de organização e paciência, o Flamengo foi copeiro e soube vencer em Itaquera. Ficam as lições tanto para o jogo da volta no Maracanã, dia 4 de junho, quanto para os duelos com o Emelec, pelas oitavas da Libertadores, já depois da Copa América.N
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