RIO — A Polícia Civil investiga o envolvimento de um grupo organizado no ataque ao prédio da produtora responsável pela criação dos vídeos do grupo Porta dos Fundos.
A principal pista é um vídeo que circulou nas redes sociais, no qual um homem, cercado de outras duas pessoas, todos encapuzados, reivindica a autoria da ação ocorrida no Humaitá, com dois coquetéis-molotov, no sábado por volta das 4h.
No vídeo, integrantes do grupo que se autodenominam “Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira” leem um manifesto enquanto imagens do ataque são exibidos.
Essas imagens coincidem com a gravação feita pela câmara do prédio do Porta, no Humaitá, que mostra a mesma ação captada por um ângulo oposto.
Setores religiosos estão em campanha contra o “Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira tentação de cristo”, no ar na Netflix desde 3 de dezembro, incluindo pedidos de censura da produção satírica.
No filme de 46 minutos, Jesus (Gregorio Duvivier) é surpreendido com uma festa de aniversário quando voltava do deserto acompanhado do namorado, Orlando (Fabio Porchat).
Investigação
Investigação
O secretário estadual de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, vai receber hoje, pela manhã, os atores do “Porta dos Fundos”.
Conforme O GLOBO antecipou nesta quarta-feira (25), um vídeo gravado por uma câmera de segurança identifica a placa da caminhonete onde estavam parte dos criminosos.
Seriam três suspeitos e um deles estaria com o rosto descoberto, o que facilitaria a identificação. Um dos homens estava numa moto, e fugiu na contramão da Rua Capitão Salomão, onde fica a empresa. O material será entregue nesta quinta-feira à polícia.
Agentes da 10ª DP (Botafogo), que investigam o caso, também vão buscar outras imagens na região. Ao todo, há seis câmeras que apontam para a entrada do prédio.
Ainda esta semana, testemunhas do ataque serão ouvidas, como o segurança que estava no prédio e conseguiu apagar o fogo. Apenas o quintal e a recepção sofreram danos materiais com o ato.
Na madrugada do crime, o local estava movimentado: havia uma comemoração de fim de ano de garçons e funcionários dos restaurantes da região num bar ao lado da produtora, que foi até às 3h.
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