A Promotora de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da cidade de Santa Rita, Anita Bethânia da Rocha, instaurou inquérito civil, nesta terça-feira (10), para apurar as supostas fraudes cometidas pelo vereadores da cidade na realização de cursos, congressos e formações dos quais eles têm participado e que culminaram com a deflagração da Operação Natal Luz, desencadeada no mês passado.
O inquérito instaurado tem como objetivo, segundo a portaria publicada pela promotora, realizar diligências para apurar os fatos constantes na investigação conjunta entre o Gaeco e as Delegacias de Repressão ao Crime Organizado e de Combate à Corrupção - DRACO/DECCOR, que tem à frente o delegado Allan Murilo Terruel, responsável pelas prisões de onze vereadores e do contador da Câmara Municipal de Santa Rita, no último dia 5 de novembro quando retornavam de viagem a Gramado-RS, onde teriam participado de um curso que serviu de fachada para um passeio turístico financiado com dinheiro público.
No total, só este ano, a Câmara de Santa Rita já pagou quase R$ 600 mil em diárias aos vereadores.
Sob a presidência de Anésio Miranda, que reassumiu a cadeira de presidente em julho deste ano, os parlamentares santarritenses passaram 30 dias em viagem, contra apenas 19 sessões até o dia que foram presos.
Na última semana, o Tribunal de Contas do Estado imputou débito ao presidente afastado da Casa, Gustavo Santos, na ordem de R$ 597 mil, dentre os quais R$ 397,3 mil só em pagamentos irregulares de diárias.
Anita também solicitou informações ao Gaeco sobre as investigações em curso e deve dar início ao andamento do inquérito imediatamente.
Confira a portaria publicada pelo MPPB nesta terça:
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