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Anúncios do Facebook deixam empregadores buscar só funcionários 'jovens' nos EUA

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

/ por News Paraíba


Ação judicial diz que empresas como Amazon e T-Mobile usam ferramenta da rede social para que só candidatos com menos de 38 anos vejam as vagas

Empresas como a T-Mobile, a Amazon.com e a Cox Communications Inc estão sendo acusadas de usarem ferramenta de anúncio do Facebook para segmentar a divulgação de abertura de vagas. O processo corre no tribunal federal de São Francisco desde a última quarta-feira, 20.

A ação judicial diz que ao impulsionarem os anúncios de recrutamento, as empresas envolvidas determinavam limites de idade sobre quem poderia ver essa publicação. Usuários com mais de 38 anos não viam e nem podiam se candidatar para as vagas.

"Este padrão ou prática de discriminação nega oportunidades de trabalho para indivíduos que estão procurando empregos, porque impossibilita trabalhadores mais velhos se candidatarem  e diminuem  o número de trabalhadores mais velhos contratados”, diz a denúncia feita pelo sindicato dos trabalhadores.
 
De acordo com o Estadão, o Facebook, que não é considerado réu na ação, divulgou nota dizendo que a rede social não se envolve em discriminações de idade.

Entre os réus, a T-Mobile e Cox disseram que não comentam o caso. Já a Amazon disse que corrigiu recentemente alguns anúncios de recrutamento: “Descobrimos que alguns anúncios tinham segmentação, o que é contra a nossa proposta de procurar qualquer candidato com mais de 18 anos", afirmou a empresa por nota.

O processo é o mais recente exemplo de críticas ao Facebook para a chamada "micro-targeting", um processo que permite aos anunciantes escolherem quem vê seus anúncios com base na idade, interesses, raça e até mesmo características específicas como se o usuário não gosta de pessoas de determinada raça ou religião.

No mês passado, a empresa disse que estava tirando, temporariamente, a possibilidade dos anunciantes excluírem de seus anúncios determinados grupos raciais e prometeu ainda "fazer melhor" no policiamento de práticas discriminatórias.
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