Um misto de sentimentos de surpresa e medo tomou conta de Sandra Ferreira e Diana Silva (nomes fictícios) quando receberam o exame que atestava a gravidez. Aos 16 e 15 anos, respectivamente, as duas iniciaram cedo a vida sexual e agora integram a estatística das 256 meninas, de 12 a 17 anos, que deram a luz este ano na Paraíba. Em 2017 foram 5.254 partos de mães nessa faixa etária. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Somente no Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, os partos de mães com menos de 17 anos já correspondem a 10,4% dos procedimentos realizados nos dois primeiros meses deste ano. Já em 2017, o percentual do total de partos, realizados ao longo do ano com este perfil de gestante, foi de 11,8%.
Diana, que deu a luz à pequena Alana no último dia 7, conta que começou a namorar o pai da criança, que tem 19 anos, aos 12 anos. Ela confessa que não teve orientações sobre métodos contraceptivos e recebeu com receio a notícia da gravidez. “Fiquei surpresa e com um pouco de medo. Mas, correu tudo bem. Fiz o pré-natal direitinho e agora é cuidar dela”, disse a garota, que mora no município de Sapé.
O caso de Sandra também é semelhante. Início de namoro antes dos 14 anos e desde que engravidou decidiu morar junto com o pai da pequena Maria Júlia, que nasceu, de parto cesárea, na última terça-feira. “Fiquei um pouco nervosa, surpresa, porque não esperava. Tive que parar de estudar, mas vou me organizar para voltar”, revelou Sandra.
Somente no Instituto Cândida Vargas (ICV), em João Pessoa, os partos de mães com menos de 17 anos já correspondem a 10,4% dos procedimentos realizados nos dois primeiros meses deste ano. Já em 2017, o percentual do total de partos, realizados ao longo do ano com este perfil de gestante, foi de 11,8%.
Diana, que deu a luz à pequena Alana no último dia 7, conta que começou a namorar o pai da criança, que tem 19 anos, aos 12 anos. Ela confessa que não teve orientações sobre métodos contraceptivos e recebeu com receio a notícia da gravidez. “Fiquei surpresa e com um pouco de medo. Mas, correu tudo bem. Fiz o pré-natal direitinho e agora é cuidar dela”, disse a garota, que mora no município de Sapé.
O caso de Sandra também é semelhante. Início de namoro antes dos 14 anos e desde que engravidou decidiu morar junto com o pai da pequena Maria Júlia, que nasceu, de parto cesárea, na última terça-feira. “Fiquei um pouco nervosa, surpresa, porque não esperava. Tive que parar de estudar, mas vou me organizar para voltar”, revelou Sandra.
De acordo com o Correio da Paraíba, a médica obstetra do ICV, Patrícia Maia, lembrou que mães adolescentes são mais vulneráveis à gravidez de risco e a impactos no desenvolvimento fisiológico, afetando até mesmo o ciclo reprodutivo na vida adulta. “A gravidez muda completamente o corpo da menina. Ela vai engordar e, se for submetida a uma cesariana, pode comprometer o futuro reprodutivo, limitando a quantidade de filhos, porque não se deve fazer mais do que três cesarianas. Além de outros fatores, como interferência no peso”, esclareceu a médica.
Assistência. O ICV é a maternidade de referência, na rede pública da capital, para receber mães com gravidez de risco, como pode acontecer com as adolescentes. No caso deste público, há ainda uma equipe multiprofissional que acompanha essas mulheres durante o pré-natal e também após o parto, segundo informou a diretora multiprofissional Lisieux Pires.
“As mães que se enquadram em gravidez de risco chegam para gente encaminhadas das unidades básicas. As que são menores de 14 anos, a gente faz a notificação à Justiça porque é um estupro de vulnerável e a família é conscientizada sobre essa notificação, que é o recomendado pela Delegacia da Infância. Já quanto às orientações, nós procuramos o conselho tutelar e fazemos de tudo para que o bebê já saia com o registro civil”, destacou a diretora.
Assistência. O ICV é a maternidade de referência, na rede pública da capital, para receber mães com gravidez de risco, como pode acontecer com as adolescentes. No caso deste público, há ainda uma equipe multiprofissional que acompanha essas mulheres durante o pré-natal e também após o parto, segundo informou a diretora multiprofissional Lisieux Pires.
“As mães que se enquadram em gravidez de risco chegam para gente encaminhadas das unidades básicas. As que são menores de 14 anos, a gente faz a notificação à Justiça porque é um estupro de vulnerável e a família é conscientizada sobre essa notificação, que é o recomendado pela Delegacia da Infância. Já quanto às orientações, nós procuramos o conselho tutelar e fazemos de tudo para que o bebê já saia com o registro civil”, destacou a diretora.