Lições doloridas: Michel Temer foi pragmático. Nesta quinta (17), um ano depois da divulgação do grampo de Joesley Batista que encurralou seu governo, o presidente se limitou a criticar a cobertura da imprensa. Coube a um auxiliar resumir a sensação geral com um comentário seco: “Sobrevivemos”. Segundo a Folha de São Paulo, o empresário, recluso desde que passou de delator a investigado, fez um desabafo. A um amigo, disse que viveu “um ano de dor e transformação”. “Descobri que nunca mais vou ser o mesmo”, arrematou.
Expectativa: Advogados que tentam manter de pé a colaboração da JBS, revelada pelo jornal “O Globo”, acham que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, deve esperar o fim da apuração sobre a conduta de Marcello Miller para ampliar a pressão pela rescisão do acordo dos Batistas.
Devagar com o andor: Um dos argumentos da defesa para segurar a delação foi o de que, como nem a Procuradoria havia fechado um juízo sobre a prática de crime por parte de Miller, seria precipitado cancelar o trato judicial. O ex-procurador abandonou a carreira para atuar para a JBS.