O resultado, embora negativo, é melhor do que os apresentados em 2015 e em 2016, quando o mercado de trabalho sofreu com a recessão econômica e mais de 2,8 milhões de vagas com carteira assinada foram fechadas
O País encerrou o ano de 2017 com fechamento líquido de 20.832 vagas de emprego formal, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira, 26. O resultado, embora negativo, é melhor do que os apresentados em 2015 e em 2016, quando o mercado de trabalho sofreu com a recessão econômica e mais de 2,8 milhões de vagas com carteira assinada foram fechadas.
O dado divulgado nesta manhã pelo Ministério do Trabalho inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. As regras começaram a vigorar em novembro do ano passado. No total, foram admitidos 2.574 trabalhadores com contrato intermitente em dezembro do ano passado, enquanto houve fechamento de 1.004 vagas pelo sistema de jornada parcial. O Caged informou ainda que houve 5.841 desligamentos por acordo no mês, revela o Estadão.
Em dezembro, foram fechadas 328.539 vagas. O resultado veio abaixo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam entre o fechamento de 460 mil a 351 mil vagas no mês. Para o ano de 2017, o mercado previa entre o fechamento de 255 mil postos à abertura de 146 mil empregos no ano.
O resultado de dezembro foi puxado pela indústria da transformação, que fechou 110.255 postos formais em dezembro. Também tiveram desempenhos negativos os setores de construção civil (-52.157), agropecuária (-44.339), serviços (-107.535), administração pública (-16.400), indústria extrativa mineral (-2.330) e os serviços de utilidade pública (-1.808).
O único setor com geração de vagas foi o comércio, que abriu 6.285 postos em dezembro.
Projeções. Os dados confirmam o terceiro ano consecutivo de fechamento de empregos formais no Brasil, mas com ritmo bem menos intenso e bem próximo da estabilidade. "A tendência de queda do emprego passou. Interrompemos a queda. Agora, o próximo passo é procurar crescer o emprego", disse o coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Ao divulgar os dados, o coordenador-geral de estatísticas comemorou o ritmo menos intenso do fechamento de vagas. "O fechamento de 20,8 mil vagas no ano passado significa, em termos estatísticos, a estabilidade do emprego", disse em entrevista. Em 2015, o Brasil perdeu 1,53 milhão de vagas e, no ano seguinte, 1,32 milhão de postos.
Para o técnico, o ano terminou com dado próximo à estabilidade após um dado melhor que o esperado do mês de dezembro, quando foram destruídos 328,5 mil empregos. Um ano antes, em dezembro de 2016, o Brasil havia perdido 478,1 mil vagas de trabalho.
Mário Magalhães explicou que, normalmente, o mês de dezembro tem demissões. Ainda que haja contratações no setor de serviços, todos os outros segmentos costumam registrar demissões. "A indústria geralmente tem dado negativo porque as encomendas do Natal já foram cumpridas. O setor da construção passa pelo regime de chuvas, o setor de ensino também costuma demitir e a agropecuária está em entressafra", disse.
O dado divulgado nesta manhã pelo Ministério do Trabalho inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. As regras começaram a vigorar em novembro do ano passado. No total, foram admitidos 2.574 trabalhadores com contrato intermitente em dezembro do ano passado, enquanto houve fechamento de 1.004 vagas pelo sistema de jornada parcial. O Caged informou ainda que houve 5.841 desligamentos por acordo no mês, revela o Estadão.
Em dezembro, foram fechadas 328.539 vagas. O resultado veio abaixo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam entre o fechamento de 460 mil a 351 mil vagas no mês. Para o ano de 2017, o mercado previa entre o fechamento de 255 mil postos à abertura de 146 mil empregos no ano.
O resultado de dezembro foi puxado pela indústria da transformação, que fechou 110.255 postos formais em dezembro. Também tiveram desempenhos negativos os setores de construção civil (-52.157), agropecuária (-44.339), serviços (-107.535), administração pública (-16.400), indústria extrativa mineral (-2.330) e os serviços de utilidade pública (-1.808).
O único setor com geração de vagas foi o comércio, que abriu 6.285 postos em dezembro.
Projeções. Os dados confirmam o terceiro ano consecutivo de fechamento de empregos formais no Brasil, mas com ritmo bem menos intenso e bem próximo da estabilidade. "A tendência de queda do emprego passou. Interrompemos a queda. Agora, o próximo passo é procurar crescer o emprego", disse o coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães.
Ao divulgar os dados, o coordenador-geral de estatísticas comemorou o ritmo menos intenso do fechamento de vagas. "O fechamento de 20,8 mil vagas no ano passado significa, em termos estatísticos, a estabilidade do emprego", disse em entrevista. Em 2015, o Brasil perdeu 1,53 milhão de vagas e, no ano seguinte, 1,32 milhão de postos.
Para o técnico, o ano terminou com dado próximo à estabilidade após um dado melhor que o esperado do mês de dezembro, quando foram destruídos 328,5 mil empregos. Um ano antes, em dezembro de 2016, o Brasil havia perdido 478,1 mil vagas de trabalho.
Mário Magalhães explicou que, normalmente, o mês de dezembro tem demissões. Ainda que haja contratações no setor de serviços, todos os outros segmentos costumam registrar demissões. "A indústria geralmente tem dado negativo porque as encomendas do Natal já foram cumpridas. O setor da construção passa pelo regime de chuvas, o setor de ensino também costuma demitir e a agropecuária está em entressafra", disse.