A Promotoria da Saúde de João Pessoa realizou, na tarde desta terça-feira (22), mais uma audiência sobre os efeitos do descredenciamento do Instituto de Psiquiatria da Paraíba (IPP). Dessa vez foi requisitado que a Secretaria de Saúde do Estado deve encaminhar, no prazo de 10 dias, documentos sobre o funcionamento da rede psiquiátrica da Paraíba. O Conselho Municipal de Saúde da Capital também se comprometeu a encaminhar até a próxima semana um relatório sobre o funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e sobre as residências terapêuticas.
A audiência foi presidida pela 1ª promotora da Saúde da Capital, Maria das Graças Azevedo, e contou com a participação de representantes do Instituto do Psiquiatria da Paraíba, das Secretarias de Saúde do Estado e do Município, dos Conselhos de Saúde do Estado e do Município e de familiares de pacientes com transtornos mentais.
Familiares de pacientes com transtornos mentais relataram as dificuldades que enfrentam e o receio com o fechamento dos leitos do IPP. Houve ainda relatos de superlotação do Pronto Atendimento em Saúde Mental (Pasm), que funciona no Complexo Hospitalar Mangabeira, já em decorrência do descredenciamento do instituto e que os Caps não têm condições de receber os pacientes.
Os representantes da Secretaria Municipal de Saúde informaram que o município possui duas residências terapêuticas e uma está em construção e que essas residências devem receber pacientes de longa permanência. Também disseram que nem todos os pacientes do IPP deverão ser recebidos nessas residências, pois depende do perfil.