O aumento no valor do frete tem repercutido diretamente no preço de produtos consumidos diariamente pelo brasileiro, a exemplo de arroz e feijão. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o aumento no frete do arroz varia entre 35% e 50%, elevando o preço do produto ao consumidor final em 10%. A Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB) afirma que a carne também sofreu reajuste significativo no preço do frete, chegando a até 12%. Em relação ao feijão, de acordo com o levantamento realizado pela CNA, o reajuste ao consumidor final pode chegar a 20%.
Os dados foram apresentados ao ministro Luiz Fux durante audiência com os dirigentes da confederação no Supremo Tribunal Federal (STF). A CNA também atribuiu o aumento nos preços do arroz e do feijão à menor oferta dos produtos, já que os produtores estão evitando transportar as mercadorias enquanto a questão do tabelamento do frete não é resolvida. Ainda, nos setores de soja e milho, o prejuízo acumulado nos últimos 20 dias com a redução do escoamento de safra foi de R$ 10 bilhões, segundo a entidade.
De acordo com o Correio da Paraíba, o presidente da Associação dos Supermercados da Paraíba (ASPB), José Willame, confirmou que os aumentos impactaram bastante o setor no estado. De acordo com ele, o aumento de 12% no frete da carne foi repassado ao consumidor. Conforme o presidente da ASPB, alguns supermercadistas conseguiram segurar o reajuste do frete porque ainda tinham estoque dos produtos. “Mas, infelizmente, sofremos esses aumentos específicos e significativos que tiveram de ser repassados ao consumidor final. Estamos brigando para que o governo reconheça que o problema do frete foi uma falha para que não tenham mais aumentos”, afirmou.
Reajuste no peso da comida
Os aumentos de itens como arroz, feijão e carne já refletem também no bolso do consumidor que tem o hábito de comer fora de casa. Restaurantes de refeição caseira do tipo self service ou que cobram por peso estão repassando ao consumidor final o aumento dos produtos. Alguns que ainda não reajustaram seus valores já indicam por meio de avisos nos estabelecimentos que vão aumentar o preço cobrado pelo quilo a partir do próximo mês.
“Até o começo do mês pagava em torno de R$ 14 pelo prato. Agora, o quilo está mais caro e estou pagando em média R$ 17”, comentou o servidor público Edson Soares. O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa, Graco Parente, afirmou que os empresários do setor estão tentando driblar o aumento dos custos para não repassar ao consumidor.
“Os restaurantes do tipo self service ou que preparam quentinhas estão sofrendo mais com o aumento desses insumos. O momento é de muita instabilidade e esperamos que o tabelamento do frete seja considerado inconstitucional. Tudo que aumenta o custo é ruim para o setor, mas não temos pretensão de repassar os reajustes”, afirmou Parente.
MP da tabela em votação
A comissão mista sobre a Medida Provisória 832/18, que estabelece uma tabela de preços mínimos dos fretes do transporte de cargas, realiza nesta terça-feira (26) duas audiências públicas. A primeira delas vai reunir representantes de sindicatos dos transportadores autônomos de carga. Já a segunda audiência terá representantes da indústria e do agronegócio.
A MP 832 institui a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, com a finalidade de promover condições razoáveis à realização de fretes no território nacional. Segundo o texto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá publicar duas tabelas por ano (dias 20 de janeiro e 20 de julho) com os preços mínimos dos fretes por quilômetro rodado, levando em conta o tipo de carga (geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel) e, prioritariamente, os custos do óleo diesel e dos pedágios.
Reajuste no peso da comida
Os aumentos de itens como arroz, feijão e carne já refletem também no bolso do consumidor que tem o hábito de comer fora de casa. Restaurantes de refeição caseira do tipo self service ou que cobram por peso estão repassando ao consumidor final o aumento dos produtos. Alguns que ainda não reajustaram seus valores já indicam por meio de avisos nos estabelecimentos que vão aumentar o preço cobrado pelo quilo a partir do próximo mês.
“Até o começo do mês pagava em torno de R$ 14 pelo prato. Agora, o quilo está mais caro e estou pagando em média R$ 17”, comentou o servidor público Edson Soares. O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa, Graco Parente, afirmou que os empresários do setor estão tentando driblar o aumento dos custos para não repassar ao consumidor.
“Os restaurantes do tipo self service ou que preparam quentinhas estão sofrendo mais com o aumento desses insumos. O momento é de muita instabilidade e esperamos que o tabelamento do frete seja considerado inconstitucional. Tudo que aumenta o custo é ruim para o setor, mas não temos pretensão de repassar os reajustes”, afirmou Parente.
MP da tabela em votação
A comissão mista sobre a Medida Provisória 832/18, que estabelece uma tabela de preços mínimos dos fretes do transporte de cargas, realiza nesta terça-feira (26) duas audiências públicas. A primeira delas vai reunir representantes de sindicatos dos transportadores autônomos de carga. Já a segunda audiência terá representantes da indústria e do agronegócio.
A MP 832 institui a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, com a finalidade de promover condições razoáveis à realização de fretes no território nacional. Segundo o texto, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deverá publicar duas tabelas por ano (dias 20 de janeiro e 20 de julho) com os preços mínimos dos fretes por quilômetro rodado, levando em conta o tipo de carga (geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel) e, prioritariamente, os custos do óleo diesel e dos pedágios.