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Operação Ressonância: força-tarefa da Lava Jato cumpre mandados na Paraíba

quarta-feira, 4 de julho de 2018

/ por News Paraíba

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Intermares e caso tem relação com esquema de corrupção no Rio

Dois mandados de busca e apreensão foram na Paraíba na manhã desta quarta-feira (4) no bojo da Operação Ressonância, desencadeada pela força-tarefa da Lava Jato. A ação é um desdobramento da operação Fatura Exposta. Na mira está um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Aproximadamente 180 policiais federais cumprem 13 mandados de prisão preventiva; 9 mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal. No Estado, houve busca e apreensão no bairro de Intermares. Ao contrário do publicado pelo Blog do Suetoni mais cedo, ninguém foi preso na Paraíba.

A nova fase da operação traz na relação de presos suspeitos detidos na primeira fase e que acabaram conseguindo a liberdade por decisão do ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Neste grupo estão os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Os mandados de prisão foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Desta vez, o Ministério Público Federal se debruça sobre grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel. Em São Paulo, a força-tarefa mira executivos da Philips, e há busca e apreensão na sede da empresa. A 7ª Vara Federal Criminal também decretou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.

Fraudes no Into
Na primeira etapa da Fatura Exposta, em abril de 2017, foram presos, além de Iskin, Sérgio Côrtes e o empresário Gustavo Estellita. A operação investigava fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Into. Os desvios chegaram a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017.

A suspeita é que Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, em licitações. Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.

Em dezembro de 2017, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Iskin e Estellita. Mendes substituiu a prisão preventiva por medidas alternativas – não falar com outros investigados, ficar em casa à noite e nos fins de semana e entregar o passaporte.

Em fevereiro de 2018, foi a vez de Côrtes deixar a prisão, também por determinação de Gilmar Mendes.

Confira a lista dos presos na operação

Prisões temporárias de:
1. Luiz Sérgio Braga Rodrigues
2. Márcia de Andrade Oliveira Cunha Travassos
3. Albert Holzhacker
4. Frederik Knudsen
5. Daurio Speranzini Júnior
6. Ermano Marchetti Moraes
7. Julio Cezar Alvarez
8. Daniele Cristine Fazza da Veiga
9. André Luiz Loyelo Barcellos

Prisões preventivas de:
1. Miguel Iskin
2. Gustavo Estellita
3. Marco Antônio Guimarães Duarte de Almeida
4. Marcos Vinicius Guimarães Duarte de Almeida
5. Gaetano Signorini
6. Wlademir Rizzi
7. Adalberto Rizzi
8. Antônio Aparecido Georgete
9. Ivan Console Ireno
10. Jair Vinnicius Ramos da Veiga
11. Luis Carlos Moreno de Andrade
12. João Batista da Luz Júnior
13. Rafael dos Santos Magalhães
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