A venda de gás natural veicular ( GNV ) sofre alterações em 2020. O Inmetro abre nesta segunda-feira uma consulta pública para quem passar combustível a ser vendido por quilogramas, e não mais por metro cúbico (m³), como ocorre hoje. A mudança de visto reduz a possibilidade de erro e fraude nos postos. O preço final para o tanque, o órgão, não vai mudar.
A ideia é que uma nova medida de comercialização passe a ser usada nos postos ainda no primeiro semestre de 2020.
O Inmetro explica que, para vender ou GNV por metro cúbico, é preciso que, a cada carga recebida, ou posto ajuste a densidade para garantir a remoção correta na bomba.
Mas essa informação pode demorar até 30 dias para chegar ao posto e ainda é passível de erro. Na prática, isso pode significar o pagamento pelo consumidor de metros cúbicos de gás que não chegaram ao cilindro do veículo.
Levantamento feito pelo Inmetro na Região Metropolitana do Rio, em julho, apresentou diferenças de até 22% entre o que foi efetivamente pago e o volume de gás abastecido.
Medidor lacrado
Com as mudanças planejadas pelo Inmetro, em parceria com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o fator de conversão será alterado apenas uma vez 1), e o medidor será lacrado para evitar fraudes.
Assim, o fator hoje sujeito a alterações mensais será retirado do processo, e a venda, feita diretamente em quilos, por exemplo, botijão de gás.
– Uma vez lacrado, o dispensador (bomba) não pode ser alterado. Se o proprietário do posto fizer isso, será muito mais fácil identificar – explica Marcos Trevisan, diretor de Metrologia Legal do Inmetro.
Segundo Angela Flores Furtado, presidente do órgão, uma mudança, em um estudo nos últimos três anos, além de garantir maior garantia e menos erros de fornecimento para o consumidor, tem como base práticas internacionais:
– Isso promove uma concorrência justa entre os produtos, colocando em pé os riscos dos agentes do mercado. Esse cenário é bastante positivo para o país em razão da maior oferta de combustível na área do pré-sal.
News Paraíba com O Globo
