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Na Paraíba, ex-ministro endurece tom contra Bolsonaro

sábado, 10 de agosto de 2019

/ por News Paraíba

Em Campina Grande onde participou ontem, sexta-feira (09), como palestrante da Semana da Advocacia, o ex-ministro da Justiça e ex-deputado, José Eduardo Cardozo endureceu o tom das críticas contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e comparou o que ele faz a uma barbárie. O desabafo diz, sobretudo, relação a recente homenagem do presidente ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido como um dos principais torturadores da Ditadura Militar.

“Não é possível que pessoas que foram torturadas barbaramente, pelo Brilhante Ustra, possam ouvir alguém homenageando esse tipo de ato. É o mesmo que homenagear o Holocausto, homenagear a barbárie. O que o presidente faz, eu falo com sinceridade, eu nunca imaginei que pudesse ouvir na minha vida. É o retorno à barbárie, o retorno à falta de civilização”, lamentou.

O ex-ministro ressaltou que diariamente o presidente concede declarações irracionais, a exemplo do que foi feito ao atacar a memória do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

“O presidente da República fala de situações inimagináveis contra o presidente da Ordem e ameaça a entidade maior que nos congrega. Estamos vivendo um tempo de absoluta infinidade, quem é democrático e defende seu direito, tem que defender a liberdade e autonomia do advogado, não há estado de direito sem advocacia. Infelizmente o nosso presidente Jair Bolsonaro, que tem uma mentalidade autoritária, resolve atacar de frente uma categoria, que nessa hora tem que responder. O presidente Felipe Santa Cruz, merece toda nossa solidariedade”, asseverou.

VERGONHA

Segundo o PBAgora, Cardoso também criticou o nepotismo adotado por Bolsonaro ao indicar um de seus filhos para Embaixador do Brasil nos Estados Unidos e lamentou o fato de ainda haver pessoas que defendam esse tipo de postura.

“Um presidente que vai nomear o filho, como embaixador dos Estado Unidos, pelo fato de ter fritado hambúrgueres. Eu estive no exterior, as pessoas me perguntaram se era verdade, e eu tive vergonha. Me admira ainda pessoas que defendam esse tipo de postura. Eu não consigo entender o que passa na cabeça de alguém que defenda o nepotismo escancarado, a intolerância, o autoritarismo, que defenda homenagens a torturadores”, arrematou.

As declarações do ex-ministro repercutiram na Rádio Caturité FM.
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